Windows 10, Privacidade 0

A ESET, empresa especializada em soluções de segurança, debruçou-se sobre a nova versão do sistema operativo da Microsoft, Windows 10, e investigou as políticas de privacidade que a empresa de Redmond implementou na experiência Windows.

Uma das principais características do Windows 10 é permitir aos utilizadores aceder a toda a sua informação independentemente do dispositivo utilizado, smartphone, tablet ou PC tradicional, numa forma que é apropriada à maneira como interagimos com esses diferentes equipamentos. Com o Windows 10, é a primeira vez que este nível de personalização e integração é oferecido através de um sistema operativo para desktop. Coloca-se então a questão: que ramificações têm esta nova abordagem do ponto de vista da privacidade do utilizador?

“As políticas de privacidade da Microsoft são, tradicionalmente, centradas no utilizador,” disse a propósito Aryeh Goretsky, investigador na ESET. “Medições e outros dados (aka telemetria) que são colecionados são usados apenas para melhorar os produtos e serviços Microsoft e a empresa esforça-se para evitar colecionar de forma intencional qualquer informação pessoal identificável, tornando-a anónima para assegurar que a origem de qualquer dado privado não possa ser usada para identificar o indivíduo.”

Com o Windows 10, a Microsoft aposta na assistente pessoal com reconhecimento de voz Cortana, que utiliza dados fornecidos pelo utilizador, como emails ou contactos, de forma a oferecer informações relevantes aos seus interesses. No Windows Phone 8.1, mas também no Android, da Google, a Cortana e serviços similares sondam as caixas de correio eletrónico dos utilizadores para, por exemplo, colocar um voo na agenda, ou manter o utilizador informado sobre o estado de encomendas feitas online.

“Será isto uma invasão da minha privacidade? Penso que não, já que fui eu quem autorizou estes serviços quando configurei os dispositivos e dei o meu consentimento,” continuou Aryeh Goretsky. “Será conveniente? Sim, em ambos os casos. A conveniência suplanta a segurança.”

O Windows 10 traz implicações a nível de privacidade para utilizadores finais e empresas, e de acordo com a ESET são eles próprios que precisam de determinar se é vantajoso abdicar da privacidade de algumas informações para usufruir de uma experiência superior.

“O Windows 10 confere à Microsoft acesso à mesma informação sobre o seu estilo vida que no passado apenas os sistemas operativos para smartphone, como o Apple iOS ou Google Android, podiam conhecer. E entre todos os problemas legais que a Microsoft teve nas últimas décadas – e teve imensos – de forma geral, a Microsoft não teve violações de dados envolvendo a divulgação de informação pessoal identificável dos seus utilizadores. Parafraseando um dos meus colegas, ‘a Microsoft pode ser uma empresa perversa, mas preocupa-se com a privacidade dos seus clientes.”

Leia a investigação completa (em inglês) sobre a privacidade no Windows 10 em http://www.welivesecurity.com/2015/08/06/windows-10-privacy-0/

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