Privacidade na Internet: Sete regras para manter os seus segredos seguros

A privacidade na Internet é algo que tem merecido cada vez mais a atenção dos utilizadores, embora seja algo quase impossível de alcançar. Os utilizadores nunca estão invisíveis na Internet, porém existem alguns passos que poderão contribuir para uma maior segurança.

Os principais são básicos e começam por aspectos tão simples como a utilização de uma boa palavra-passe e por boas práticas de segurança nas redes sociais.

Quando se fala de privacidade, fala-se de tudo aquilo que se pretende manter privado, como conversas de negócios que seriam de interesse para um rival, hobbies, como o motociclismo, que poderiam ser interessantes para uma companhia de seguros, entre outros.

Claro que se for um James Bond, nenhuma dica de segurança no mundo vai fazer com que os seus inimigos deixem de o observar. Porém, para a maioria de nós – desde estudantes, a trabalhadores em pequenas empresas, ou pessoas com medo de um observador em particular, como sobreviventes de episódios de violência doméstica – alguns passos básicos poderão ajudar a manter os seus dados privados.

Regra número 1: Utilize as ferramentas de privacidade disponibilizadas por quem também o vigia

Há boas razões para tornar a visitar os menus de privacidade de internet na sua conta do Facebook – sendo que é altamente desaconselhável colocar algo nesta rede social que seja de alguma forma sensível. O Facebook não se contenta com o tesouro de dados fornecido pelos próprios utilizadores – e lida com outras empresas que fornecem listas de endereços de email encriptados (por exemplo, de utilizadores que compraram um aspirador de pó) e que a cruza posteriormente com a sua própria lista. Isto significa que a empresa pode “saber” mais sobre si do que pensa. A única defesa é ser cauteloso com os seus dados dentro e fora do Facebook.

Existem outras razões para ter cuidado. Este ano, o Facebook acrescentou novas funcionalidades no botão ‘Like’ que permitem seguir os utilizadores fora das páginas do Facebook. Porém existem ferramentas que o podem ajudar a ficar anónimo em determinados sites e a não ser seguido como por exemplo a extensão Do Not Track Me https://chrome.google.com/webstore/detail/donottrackme-online-priva/epanfjkfahimkgomnigadpkobaefekcd. Manter-se desligado, tanto quanto possível também é uma boa forma de aumentar a sua privacidade internet.

A Google também é um player importante no que diz respeito à recolha de dados – todos os serviços da Google, desde o YouTube às pesquisas coleccionam informações acerca dos utilizadores autenticados e utilizam as mesmas para decidirem que publicidade apresentarem aos utilizadores. Porém o gigante dos motores de busca, é muito “aberto” acerca da forma como tudo funciona e pode optar por sair de quase tudo.

A Google fornece uma explicação clara de como a recolha de dados funciona – e fornece um painel de instrumentos que ajuda a evitar que os utilizadores sejam seguidos. Para a Google, os anúncios personalizados são um serviço, e o utilizador pode optar por não o usar. A abordagem do Facebook é menos transparente.

Regra número 2: Não revele a sua idade, nem onde estudou

A partilha despreocupada de informações on-line é má idéia – uma vez que o deixa vulnerável a ataques de spear phishing. Mas os seus dados também caiem nas mãos de empresas que os trocam com outras e que são vendidos a empresas de publicidade. Enquanto que a maioria destas empresas são totalmente normais, outras não o são. Importa salientar que até à data, existe pouca regulamentação para estas questões de privacidade. Por tudo isto, enquanto utilizador, está significativamente mais propenso a ser identificado através dos seus dados, se partilhar determinadas informações publicamente – até mesmo o facto de você possuir um cão, ou o seu endereço, ou se localizar geograficamente nas fotos. Assuma o controle dos seus dados. Não partilhe, quando não é necessário.

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Regra número 3: Utilize os modos de navegação incógnita ou privada

Muitas empresas ignoram os desejos de um determinado utilizador que não quer ser seguido – até mesmo o Facebook. A solução mais eficaz passa por utilizar o modo de navegação privado e não estar ligado no Facebook quando está a navegar pela Internet. Mais informações acerca de como o pode fazer no Chrome podem ser encontradas em https://support.google.com/chrome/answer/95464?hl=pt-pt. Se prefere o Firefox pode encontrar mais informações em https://support.mozilla.org/pt-PT/kb/Navega%C3%A7%C3%A3o%20Privada.

Em alguns casos poderá continuar a ser seguidos por cookies ou scripts incluídos na maioria dos websites, porém estará sempre muito mais seguro ao nível das questões de privacidade.

Regra número 4: Não utilize o login do Facebook em aplicações

Os smartphones não são diferentes dos PCs, sendo que isto significa que ao utilizar o seu telemóvel ou tablet poderá também ser seguido. Uma forma de estar mais seguro ao nível da privacidade será, por exemplo, não fazendo login em determinadas aplicações, utilizando as credenciais ou autenticação do Facebook.

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Regra número 5: Utilize o Tails se pretende mais privacidade

Se está determinado em não ser seguido, o Tails é uma ferramenta de privacidade muito eficaz e que arranca a partir de um DVD ou de uma pen drive USB, sendo que todo o tráfego que realizar é feito através do serviço anónimo Tor. Claro que este sistema não é “à prova de bala” mas é realmente seguro.

Assim que termina a navegação, o Tail elimina todos os dados da sessão (armazenados na memória RAM ao invés de no disco do computador). Pode ser utilizado em qualquer computador e não deixa rastos das navegações.

Regra número 6: Se está a trabalhar, utilize VPN e encripte tudo o que puder

Se está a utilizar a internet para trabalhar e sobretudo para fechar negócios sensíveis, utilize software VPN. Em paralelo, deverá encriptar os dados sempre que puder – desde os emails até aos dados armazenados no seu PC. A encriptação é algo essencial para as empresas, especialmente se considerarmos as mais recentes falhas de dados que têm ocorrido em diversas organizações.

Regra número 7: Nunca está invisível online

Não importa o quão paranóico é, ou sabedor ao nível das lides da Internet. As pessoas sem escrúpulos e gananciosas vão conseguir encontrá-lo. Se pretende que algo fique privado, não o faça online ou por telefone. Faça-o no mundo real. À medida que mais consumidores utilizam ferramentas de privacidade na Internet, vão surgindo novas técnicas para as contornar. A “Fingerprinting Canvas” é uma técnica nova, invisível para os utilizadores e que se generalizou entre as empresas que vendem os dados para os anunciantes.

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