Polícia detém alegado cabecilha de gangue informático

A polícia deteve o cabecilha de uma organização criminosa que alegadamente roubou milhões de dólares em bancos de todo o mundo depois de os ter infectado com malware.

Nos últimos cinco anos, este grupo de cibercriminosos tentou infectar bancos e instituições financeiras em mais de 40 países com malware (conhecido como Cobalt, Carbanak e Anunak), roubando até 10 milhões de euros em cada assalto e causando perdas acumuladas que são estimadas em mais de mil milhões de Euros (US $ 1,2 bilhão).

A gangue efetivamente apontava às caixas eletrónicas onde lhe saía o Jackpot. O facto mais interessante é que tudo foi feito sem eles terem acesso físico às mesmas.

Em cada ataque, o modus operandi seguia uma fórmula familiar: os funcionários do Banco recebiam e-mails que alegadamente partiam de empresas legítimas e que continuam um anexo malicioso. Uma vez executado, o malware dava aos criminosos um controlo total sobre o computador comprometido, concedendo-lhes acesso à rede interna do banco e a possibilidade de infectar os servidores que eram utilizados para controlar as ATMs.

Deste modo, os criminosos passavam a poder roubar dinheiro transferindo-o para contas que estavam sob o seu controlo ou enviando comandos para um caixa eletrónica específica para “cuspir dinheiro” num determinado horário. Para facilitar o roubo de grandes quantias de dinheiro, os criminosos conseguiam ainda ajustar os saldos das contas, para que ainda mais dinheiro fosse recolhido nas caixas eletrónicas.

Os enormes lucros deste esquema criminoso tiveram de passar por uma lavagem de dinheiro e foi aí que entraram as criptomoedas, mais especificamente, com cartões ligados a carteiras de criptomoedas que foram utilizadas para comprar carros e casas de luxo.

No entanto, a boa saúde financeira desta organização para estar a chegar ao fim uma vez que uma operação policial internacional, coordenada pela Europol, entregou vários elementos deste gangue à justiça.

Mais especificamente, o alegado líder do gangue – Denis K, um cidadão ucraniano – foi detido em Alicante pela polícia espanhola. De acordo com o Ministério Espanhol do Interior, acredita-se que Denis K tenha acumulado aproximadamente 15.000 bitcoins (cerca de 120 milhões de dólares).

Entretanto parece que a polícia ucraniana prendeu outro suspeito em Kiev.

Segundo a polícia ucraniana, o homem de 30 anos é um elemento ativo do grupo Cobalt desde 2016, que desenvolve ameaças informáticas que têm a capacidade de comprometer sistemas específicos. As autoridades ucrâninas afirmam que o suposto criminoso infectou bancos e hotéis, roubando informações pessoais e bancárias.

Claramente comprar carros e casas de luxo não é das melhores formas de evitar chamar a atenção. Só o tempo dirá se o grupo Cobalt foi totalmente desmantelado ou se alguns de seus membros se vão dedicar a outras atividades criminosas.

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