De acordo com a Reuters, foram dados três meses aos bancos e a uma série de empresas financeiras do Reino Unido para explicarem como evitar falhas de IT e lutar contra a ameaça crescente de ciberataques.
Com a crescente disrupção tecnológica no sector, o Banco do Reino Unido (BoE) e a Autoridade de Conduta Financeira (ACF) informaram empresas financeiras de que tinham até 5 de Outubro para revelar de que modo poderiam ser expostas a riscos e como os combateriam.
As suscetibilidades do sistema bancário às falhas tecnológicas voltou a ser um tema recentemente, quando os clientes do banco TSB perderam acesso às suas contas online e uma falha da Visa levou a que milhões de utilizadores não pudessem usar os seus cartões.
“A disrupção das operações pode ter um impacto na estabilidade financeira, ameaçar a viabilidade de empresas individuais e as infraestruturas do mercado financeiro, ou afetar negativamente os consumidores e outros participantes no sistema financeiro”, disseram a propósito o Chefe Executivo da ACF, Andrew Bailey, e o Vice-Governador do BoE, Jon Cunliffe, num comunicado conjunto.
Instituições financeiras, desde bancos a seguradoras, terão que demonstrar aos reguladores que tem um plano pronto para a eventualidade de sistema cruciais, tais como serviços bancários eletrónicos ou serviços de pagamento, serem comprometidos, quer por falhas de sistema quer por ataques cibernéticos.
Alguns clientes do banco TSB não conseguiam aceder aos seus serviços bancários eletrónicos um mês após a primeira falha de sistemas em Abril, a qual foi seguida por uma outra falha na atualização dos sistemas.
Caso as empresas e instituições falhem em apresentar planos de contingência adequados, os reguladores podem exigir às mesmas que aumentem os seus níveis de capital ou que invistam em medidas de defesa à altura dos problemas atuais de cibersegurança.