Polícia Europeia executa mega-operação na Dark Web, incluindo Portugal

Forças de segurança na Europa, Estados Unidos e Canadá anunciaram os resultados de uma operação internacional contra dezenas de pessoas que supostamente venderam e compraram produtos ilícitos na dark web.

A operação levou à prisão de 61 pessoas que supostamente utilizaram 50 contas na dark web. A polícia também apreendeu quase 300 quilos de drogas, 51 armas de fogo e mais de 6,2 milhões de euros. Dois terços estavam em moeda virtual, enquanto o restante estava em dinheiro vivo.

Na Europa, a operação abrangeu 17 países, nomeadamente Alemanha, Holanda, Áustria e Portugal, de acordo com o comunicado de imprensa divulgado na terça-feira pela Europol, a agência policial europeia. Um comunicado do Departamento Federal de Investigação dos EUA esclareceu a operação, apelidada de Sabotor.

Esta operação começou em julho de 2018, quando 60 especialistas de 19 países, a Eurojust e Europol procuraram a venda ilegal e sinais de produtos falsificados, dinheiro, drogas, cibercrime, fraude de documentos, tráfico de seres humanos e tráfico de armas de fogo e explosivos.

A propósito disto a polícia “identificou 247 alvos de alto valor e desenvolveu pacotes de inteligência que foram disseminados para os países em questão”.

Estão em curso centenas de investigações

A Europol também aproveitou esta operação para alertar o público em geral acerca dos riscos decorrentes das compras na Dark Web. “A dark web não é tão escura quanto pensa. Quando compra ou vende produtos ilegais on-line, não está escondido da lei e está a colocar-se em perigo”, afirmou Catherine De Bolle, diretora executiva da Europol.

Entretanto, a ZDNet e a InfoSecurity Magazine divulgaram que o maior mercado obscuro da atualidade, o Dream Market, será fechado no dia 30 de abril. Aparentemente isto surgiu de repente – e o anúncio foi feito no mesmo dia em que decorreu a operação policial.

Aqui existem duas especulações. Uma é que o site pode ter sido identificado pelas autoridades juntamente com os responsáveis. A outra é que o Dream Market, lançado em abril de 2013, pode está a ser utilizado como uma operação de honeypot para atrair criminosos suspeitos.

A Europol assinalou que as remoções destes mercados espalham ansiedade e desconfiança entre fornecedores e compradores, levando algumas pessoas a diminuirem o volume das transações em mercados concorrentes.

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