Comparação entre implementação On-Premises, na Cloud e Híbrida

Atualmente existem muitas opções ao dispor das empresas para a implementação de tecnologia, incluindo on-premises (no local), na cloud e híbrida, com alguns recursos localizados na cloud.

Num passado não muito distante, a única opção de implementação para empresas era on-premises. Mesmo a mais pequena das empresas sabe o que é ter a necessidade de adquirir vários servidores caros, muitas vezes precariamente instalados num armário escuro e lotado em algum lugar da empresa (talvez com um detetor de incêndio no teto – não vá um incêndio destruir os seus dispendiosos investimentos em TI). Estes servidores exigiam administração e manutenção contínuas, o que geralmente significava a existência de uma equipa de TI ou fornecedores de serviços adicionais. Não apenas servidores, mas também equipamentos de rede, como routers, switches e cablagem, precisavam ser instalados e geridos. No mínimo, uma firewall protegia a rede interna “fiável” da Internet “não fiável”.Gerir uma sala de servidores ou data center on-premises ainda é uma opção viável para muitas empresas. Mas, à medida que as tecnologias de virtualização, ligações de rede e computação na cloud se tornaram mais robustas e estáveis ​​na última década, muitas empresas estão a migrar alguns ou todos os seus recursos de TI para a cloud.  Mas o que exatamente é a cloud? Praticamente todos os fornecedores de tecnologia do mercado têm uma oferta de “cloud” de algum tipo e, infelizmente, a definição de cloud pode ser por vezes bastante duvidosa. Assim, e no sentido de esclarecer, vamos definir alguns elementos importantes da cloud utilizando as definições do NIST (Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia), dos EUA, que são neutras em termos de fornecedor. De acordo com o NIST, os três modelos de serviço de computação na cloud são os seguintes:

Software as a Service (SaaS)

Os clientes têm acesso a uma aplicação em execução numa infraestrutura de cloud. A aplicação é acessível a partir de vários dispositivos e interfaces do cliente, mas o cliente não tem conhecimento e não faz a gestão nem controla a infraestrutura de cloud subjacente. O cliente pode ter acesso a configurações de aplicações específicas do utilizador limitadas, e a segurança dos dados do cliente é da responsabilidade do cliente.

Platform as a Service (PaaS)

Os clientes podem implementar aplicações suportadas na infraestrutura de cloud do fornecedor, mas o cliente não tem conhecimento e não faz a gestão nem controla a infraestrutura de cloud subjacente. O cliente tem controlo sobre as aplicações implementadas e configurações limitadas ao ambiente de hosting de aplicações. A empresa possui as aplicações e dados implementados e, portanto, é responsável pela segurança dessas aplicações e dados.

Infrastructure as a Service (IaaS)

Os clientes podem ser responsáveis pelo processamento, armazenamento, redes e outros recursos de computação e implementar e executar sistemas operativos e aplicações, mas o cliente não tem conhecimento e não faz a gestão ou controla a infraestrutura de cloud subjacente. O cliente tem controlo sobre sistemas operativos, armazenamento e aplicações implementados, bem como alguns componentes da rede. A empresa possui as aplicações e dados implementados e, portanto, é responsável pela segurança dessas mesmas aplicações e dados.

A NIST também define quatro modelos de implementação de computação na cloud:

Pública

Uma infraestrutura na cloud que está aberta para uso do público. É propriedade, gerida e operada por terceiros (ou parte) e existe nas instalações do fornecedor da cloud.

Privada

Uma infraestrutura usada em exclusivo por uma única organização. É possivelmente detida, gerida e operada pela mesma organização ou por terceiros (ou uma combinação de ambos), e pode existir dentro ou fora da organização.

Híbrida

Uma infraestrutura de cloud composta por dois ou mais dos outros modelos de implementação, unidos por uma tecnologia standard ou proprietária que permita a portabilidade de dados e aplicações.

Comunidade (não comum)

Uma infraestrutura de cloud usada exclusivamente por um grupo de organizações.

A opção pela a cloud acontece geralmente como muitas novas iniciativas, com aplicações e sistemas que não são de produção nem críticos, tais como um ambiente de desenvolvimento ou de sistemas de backup. No seguimento do processo, muitas empresas começam a “elevar e deslocar” as aplicações existentes para a cloud e a implementar novas aplicações diretamente na cloud. Por fim, as organizações “pioneiras na cloud” levam a cabo todos os esforços para implementar o máximo do seu ambiente de TI na cloud e desenvolver aplicações “nativas da cloud” para os seus clientes.

Os muitos benefícios da cloud para as empresas incluem:

Maior agilidade e capacidade de resposta

Você pode ter acesso a aplicações e dados na cloud a partir de qualquer lugar, a qualquer momento, em qualquer dispositivo.

Lançamentos mais rápidos

Você pode desenvolver e fornecer novos produtos e serviços mais rapidamente na cloud com PaaS ou instalar facilmente recursos de IaaS.

Possibilidade de evolução

O licenciamento adicional de software e/ ou a infraestrutura podem ser instalados e desinstalados conforme a necessidade, o que dá suporte às necessidades de empresas em rápido crescimento e cíclicas que podem não ser capazes de prever com precisão as mudanças do mercado e o crescimento dos negócios.

Maior estabilidade

A infraestrutura da cloud é geralmente instalada em datacenters robustos, criados a pensar no desempenho, estabilidade e fiabilidade, geridos por grandes equipas de TI especializadas.

Investimentos reduzidos

Você pode implementar toda a infraestrutura de TI na cloud e renunciar a investimentos dispendiosos. A cloud oferece serviços previsíveis baseados em “pay as you go” que permitem orçamentar as suas necessidades de TI como uma despesa operacional contínua e pagar apenas pelo que usa.

in Proteção de Dados para Pequenas e Médias Empresas (ESET)

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