É improvável que o Facebook recompense de alguma maneira os 2.7 milhões de utilizadores na Europa cujos dados foram incorretamente partilhados com a Cambridge Analytica. A empresa alega que, apesar de ter existido uma quebra de confiança, nenhuma informação bancária, dados de cartão de crédito ou números nacionais de identidade foram partilhados.
A rede social respondeu ontem às perguntas de legisladores da União Europeia, que questionaram, sem sucesso, o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, um dia antes numa sessão no Parlamento Europeu, em Bruxelas.
Referindo-se à app envolvida na fuga de informação, o Facebook disse em comunicado que “A maioria das pessoas deu à app acesso a informação como o seu perfil público, bem como aos seus gostos nas páginas, lista de amigos e data de nascimento. Aconteceu a mesma coisa com os amigos cujas configurações permitiam partilhas.”
O Facebook referiu que o criador da app vendeu informação extraída a utilizadores dos Estados Unidos, e não da Europa, à Cambridge Analytica.
Recorde-se que o Facebook tem em curso uma investigação a apps que tiveram acesso a grandes quantidades de informação antes da mudança nas políticas de privacidade na rede social, em 2014. Foram já suspensas cerca de 200 aplicações.