Tipos de backup e os erros mais comuns na sua realização

Com o uso crescente de tecnologias dos mais diversos tipos, o termo backup já não soa tão estranho para a maioria das pessoas. Caso ainda não esteja familiarizado com este termo ou já conhece, mas não o acha tão importante assim, falemos sobre o que é o backup e tudo o que pode fazer por si.

O backup já existia antes de receber este nome, sempre que alguma informação importante ou documento era copiado e guardado em dois lugares distintos a fim de que a informação não se perdesse, isso já era backup. Caso acontecesse algo com a versão original da informação era assim possível recorrer à cópia, que foi guardada num local diferente e seguro.

Quando adotado por pessoas e empresas e aplicado à tecnologia as suas características originais não mudaram, apenas novos recursos foram adicionados para tornar ainda mais produtivas as cópias de segurança que eram feitas.

3 formas de realizar um backup

Existem três principais formas de backup: completo, incremental e diferencial. Saiba qual a diferença entre cada um deles:

#1 Completo

Como o nome sugere, é o processo que copia tudo aquilo que foi previamente considerado importante e não pode ser perdido. Esta cópia de segurança é a primeira e mais consistente pois pode ser efetuada sem a necessidade de ferramentas adicionais.

#2 Incremental

Este processo de cópia já exige um nível de controlo muito maior sobre as etapas do backup em si, ele copia os arquivos tendo por base as alterações ocorridas desde o último backup. Por exemplo, imaginemos que foi feito um backup completo ontem, e foram criados apenas dois arquivos novos, pode-se optar por um backup incremental. Este backup incremental reconhece que todos os arquivos do backup completo são os mesmos e copia apenas os dois arquivos novos que foram criados. Assim, economiza-se tempo e espaço, pois sempre haverá menos arquivos a serem salvos do que no backup completo. Recomendamos que esta estratégia de backup não seja executada manualmente.

#3 Diferencial

Tem a estrutura básica do backup incremental, fazendo cópia de segurança apenas dos arquivos que foram criados ou modificados. A mudança que ocorre no backup diferencial é que todos os arquivos criados após o backup completo serão sempre copiados novamente. Dadas as similaridades com o processo anterior também não é recomendado que o backup diferencial seja feito manualmente.

Escolhida a forma de backup que mais se adequa à situação, há que saber onde deverá ser armazenado. Os locais mais utilizados para armazenamento variam com o passar dos anos, backups completos já foram armazenados em disquetes, CDs, DVDs, Fitas Magnéticas, Blu-Ray, discos rígidos externos, serviços de armazenamento na nuvem, entre outros. Contudo, e para decidir onde armazenar os backups é importante questionar-se: “por quanto tempo vou guardar esse backup?”. De acordo com a resposta será mais simples determinar onde armazenar os arquivos.

O tempo estimado de vida útil de vários dispositivos de armazenamento:

MeioLançamentoVida útilCapacidade
Discos externos19565 – 10 anosGB até TB
Disquete19713 – 5 anos
Centenas de KB até alguns MB
CD/CD-ROM197925 – 50 anos80 minutos
ou 700 MB
MD (Mini Disc)199125 – 50 anos60 minutos
ou 340 MB
DVD1994/199525 – 50 anos4.7 GB
Cartão SD199410 anos ou maisPoucos MB
a dezenas de GB
Pen drive200010 anos ou maisPoucos MB
a dezenas de GB
SSD1970-199010 anos ou maisGB até TB

Fonte: showmetch.com.br

Reunidas as informações que podem ajudar a manter uma rotina de backup estável e funcional, mantém-se a questão: será que precisamos mesmo de o fazer? Será que é tão essencial assim? Apenas conhecendo as necessidades de cada casa/família ou empresa seria possível responder adequadamente a esta pergunta, mas vamos exemplificar dois cenários onde o backup fez toda a diferença:

Nas empresas

O ano é 2017, a empresa Empresa Fictícia Co. iniciou a sua atividade às 8h da manhã como de costume. Próximo das 11h um dos responsáveis de TI ouve um barulho diferente num setor próximo – seu telefone toca quase imediatamente após o barulho. Ao atender a chamada ele percebe que a estação de trabalho está totalmente bloqueada e uma mensagem a informar que os dados foram encriptados é exibida no ecrã, algumas outras máquinas neste e noutros departamentos exibem a mesma mensagem até que chega a notícia que o servidor de arquivos da empresa parou totalmente, vítima deste mesmo mal, o WannaCry.

Neste exemplo puramente fictício a empresa, que dependia do seu servidor de arquivos para garantir a operacionalidade, poderia facilmente não ter tido prejuízos por quase duas semanas se tivesse um backup do servidor de arquivos e se o mesmo fosse restaurado assim que o ambiente de rede fosse estabilizado.

Em casa

O senhor Despreocupado da Silva estava a ver televisão no seu sofá quando sentiu saudades de ver as fotos do seu casamento e do nascimento do seu filho, enquanto se dirigia ao computador começou a chover. Depois de rever as fotos, o senhor Despreocupado vai até à cozinha para comer alguma coisa e deixa o computador ligado, no caminho ouve um raio muito próximo e a casa fica sem eletricidade. No dia seguinte, depois do regresso da energia elétrica, descobre que o disco rígido do computador foi queimado e que todas as suas lembranças fotográficas se perderam.

Mesmo em casa é possível usar um disco rígido externo, pendrive ou até um CD/DVD para fazer uma cópia de segurança de tudo aquilo que for inestimável. Apesar do nosso exemplo ter sido referente a falha elétrica, os fatores que podem tornar as informações indisponíveis são os mais diversos e em qualquer um deles um backup periódico teria evitado a perda destes dados.

Se houverem dados que não podem ser perdidos, o backup é uma solução eficiente para evitar que isso aconteça.

Erros comuns na realização de backups

Na realização de backups há que ter alguns cuidados e evitar alguns erros a que nos referimos de seguida:

#Não fazer backup

Este é com certeza o erro mais comum, muitas vezes o backup não é feito por negligência ou por julgar que os dados não eram importantes, pelo menos até perdê-los.

#Deixar o backup no mesmo equipamento onde estão os ficheiros originais

A ideia do backup é criar uma cópia de segurança, e esta cópia de segurança deve ser mantida num local tão seguro quanto possível e, de preferência num local diferente das informações originais. Caso sejam mantidas juntas tanto as informações como os backups serão perdidos e aí de nada adiantará.

#Não validar a integridade do backup

O backup envolve uma série de processos e não basta apenas fazê-lo, é necessário verificar o arquivo para saber se os dados salvos estarão acessíveis caso necessite, dependendo da forma como é feito o ficheiro de backup, que geralmente é um ficheiro compactado, pode se corromper e um novo backup precisará de ser feito para que tudo funcione adequadamente.

#Não executar o backup periodicamente 

É importante que as cópias de segurança sejam encaradas como um processo recorrente, principalmente se as informações contidas no backup tiverem uma atualização constante. Se por exemplo, o backup de um documento de texto que resultará num livro que está a ser escrito for efetuado no primeiro dia do mês e 15 dias depois for perdido, se tiver apenas o backup do primeiro dia todo o esforço destes quinze dias terá sido em vão.

#Não ter controle sobre os arquivos de backup

Após a execução do backup mantenha um controle sobre qual o arquivo que pertence a cada equipamento. Caso a recuperação de dados seja necessária, é crucial que os mesmos não sejam restaurados no equipamento errado.

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