As deteções de ameaças Android aumentaram em mais de 50% entre o 2.º e o 3.º quadrimestre de 2022, confirmou a ESET no seu mais recente Relatórios de Ameaças. O Adware e as apps ocultas que escondem os seus ícones para dificultar a remoção pelo utilizador (isto é, “Hidden Apps”) são os principais responsáveis pelo crescimento desta categoria de ciberameaça. Em Portugal, a deteção de ameaças Android cresceu 32% entre quadrimestres.
Entre o crescimento global de deteções de ameaças Android, muitas das quais estão presentes em lojas de apps de terceiros, a maioria refletiu tentativas de enriquecimento a partir de anúncios. Perto de 70% de todas as deteções de ameaças Android no 3.º quadrimestre foram deste tipo. Estas deteções, assinaladas como Aplicações Potencialmente Indesejadas (Potentially Unwanted Applications – PUAs), são aplicações que exibem anúncios em excesso ao utilizador com o objetivo de gerar receita para os criadores da aplicação.
O Adware do tipo “Fyben” em particular cresceu uns impressionantes 1100% entre quadrimestres. Esta deteção está associada a jogos móveis. É no 3.º quadrimestre (setembro a dezembro) que muitos developers lançam jogos novos ou atualizados para tirar partido do comércio no Natal. Nalguns casos, estes jogos não são lançados em todos os países. Assim, os utilizadores que não têm acesso oficial aos jogos procuram-nos em lojas ou websites não oficiais, onde as ameaças proliferam.
Tendências e futuro das ameaças Android
A prevalência de ameaças como as PUAs, que fazem dinheiro a partir do visionamento de anúncios, não foram as únicas a marcar a paisagem de ameaças Android no final de 2022. O Spyware também aumentou a sua presença. Kits de Spyware prontos a usar e de fácil acesso disponíveis em fóruns online e usados por cibercriminosos amadores são agora uma realidade.
Nesse contexto, a ESET alerta que a paisagem de ameaças Android pode mudar muito em 2023. Chatbots potenciados por inteligência artificial como o ChatGPT já são usados para desenvolver novas ferramentas maliciosas. Apesar disso, ainda não há conhecimento de malware escrito assim para Android. Adicionalmente, não se podem descartar os impactos de grupos cibercriminosos organizados. Estes grupos continuam a desenvolver Spyware direcionado para recolher informação de alvos de alto perfil ou grupos vulneráveis de cidadãos.
Em todo o caso, os bons comportamentos online, aliados a produtos completos de proteção que mitigam os perigos das ameaças Android, são uma combinação poderosa. Com ela o utilizador poderá usar o smartphone com mais confiança e em maior segurança.
Para mais informações sobre o ESET Threat Report T3 2022, consulte o relatório completo.