Relatório de Ameaças ESET: Invasão da Rússia à Ucrânia aumenta o número de ciberameaças e ransomware

A ESET revelou o seu Relatório de Ameaças relativo ao terceiro e último quadrimestre de 2022 (T3/2022), resumindo as principais estatísticas dos sistemas de deteção da ESET e destacando exemplos das suas análises de cibersegurança.

A última edição do Relatório de Ameaças da ESET (que cobre o período de setembro a dezembro de 2022) destaca o impacto da guerra em curso na Ucrânia e os seus efeitos no mundo, incluindo o ciberespaço.

Os impactos da guerra em curso no ciberespaço

A invasão continua a ter um grande impacto nos preços da energia, na inflação e nas ciberameaças. As ameaças de ransomware registaram algumas das maiores mudanças.

“A guerra em curso na Ucrânia criou uma divisão entre os operadores de ransomware, com alguns a apoiarem e outros a oporem-se à agressão. Os atacantes também têm vindo a usar táticas cada vez mais destrutivas, como o uso de ‘limpadores’ [“wipers”] que imitam o ransomware e encriptam os dados da vítima – mas sem a intenção de fornecer uma chave de desencriptação”, explica Roman Kováč, Diretor de Pesquisa da ESET.

A guerra também afetou ataques de força bruta contra serviços RDP expostos. Mas, apesar do declínio destes ataques em 2022, a tentativa de adivinhar passwords continua a ser o vetor de ataque de rede mais usado. A vulnerabilidade Log4j [em servidores Apache], para a qual estão disponíveis correções desde dezembro de 2021, ainda está em segundo lugar no ranking dos vetores de intrusão externa.

Phishing de criptomoedas e malware bancário em ascensão

O relatório também explica o impacto das taxas de câmbio de criptomoeda e do aumento dos preços da energia em várias cripto-ameaças. As fraudes relacionadas com criptomoeda experienciaram uma renascença. Os produtos da ESET bloquearam um aumento de 62% nos sites de phishing de criptomoedas no T3, e o FBI emitiu recentemente um aviso sobre um aumento em novos esquemas de investimento em cripto. As deteções de “infostealers” [malware desenhado para roubar dados pessoais] em geral caíram tanto no T3 como em todo o ano de 2022. No entanto, o malware bancário foi uma exceção, com as deteções a duplicarem numa comparação com o T3 de 2021.

“A plataforma Android também viu um aumento de spyware ao longo do ano, devido ao fácil acesso a kits de spyware disponíveis em vários fóruns online e utilizados por atacantes amadores”, acrescentou Kováč.

Descobertas de investigação

O Relatório de Ameaças ESET T3/2022 também analisa as descobertas e realizações mais importantes dos investigadores da ESET. É o caso da descoberta da campanha MirrorFace, que teve como alvo específico [“spearfishing”] entidades políticas japonesas de alto nível, e de um novo ransomware chamado RansomBoggs que tem como alvo múltiplas organizações na Ucrânia e, tudo indica, foi criado pelo grupo de hackers Sandworm. Os investigadores da ESET também descobriram uma campanha conduzida pelo grupo Lazarus. A campanha procura igualmente alvos específicos com e-mails contendo documentos com ofertas de emprego falsas. Um deles foi enviado a um funcionário de uma empresa aeroespacial.

Quanto aos ataques da cadeia de abastecimento, os especialistas da ESET encontraram um novo limpador e a sua ferramenta de execução. Ambos foram atribuídos ao grupo Agrius APT, visando os utilizadores de um software israelita utilizado na indústria dos diamantes.

Consulte o mais recente Relatório de Ameaças da ESET neste link.

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